
O BOM SAMARITANO
Nós lemos a história do Bom Samaritano que deparou-se com o viajante deitado à beira da estrada, abandonado quase morto pelos ladrões que o espancaram, um homem a quem não conhecia, por quem não criara laços emocionais, um homem que não poderia recompensá-lo - apenas um homem que ali jazia, a quem os sacerdotes olharam com desdém e deixaram de lado
O que fez ele? Na sua riqueza de espírito, na sua força e no seu firme sentimento de saber quem era, foi capaz de esquecer de si mesmo para servir aos fins de alguém que não conhecia. Enfaixou-lhe as feridas, carregou-o em seu cavalo, levou-o a uma pousada e pagou a conta da hospedagem para que o homem tivesse uma cama confortável onde repousar.
Esse foi um ato exterior do eu - e, ainda assim, ao mesmo tempo, estava completamente ligado à uma auto-integridade sadia de segurança da perfeição pessoal. Era uma preocupação diferente da preocupação imediata com suas próprias necessidades. Refletia o seu reconhecimento da necessidade da alma servir a outrem - e não pela glorificação do ego, não para ser identificado com algum grande movimento. Foi uma expressão da chama da caridade, não necessariamente à maneira de Cristo, mas apenas pelo impulso de agir pelo bem de um ser humano que estava em apuros.
E, por meio desse ato, ele identificou-se mais intimamente com a bondade de Deus do que aqueles que faziam da religião a sua atividade mas não a sua vida. Este Deus a quem ele serviu, propositalmente ou não, já estabelecera através de Cristo que às vezes é sensato deixar as noventa e nove ovelhas no pasto e ir em busca da que se perdeu - o pequeno cordeiro errante preso nos espinhos, que não apenas está em situação desconfortável, mas também parece não ter valor no contexto geral.
Verdadeiramente, a capacidade de salvar aquele que está perdido, aquele que se desviou da centralidade da Vida - de salvar em condições externas - revela os níveis da integridade de alguém, uma integridade alimentada ela plenitude Maior e que, portanto, sempre tem algo a oferecer ao senso de falta de integridade do outro, Quando você vir o Bom Samaritano, diga com seu botões: "Aí vai alguém destinado a tornar-se Bom Pastor."
Nós temos consciência do fato de que, quando lidamos com o Espírito e quando lidamos com Deus, estamos lidando com um poder infinito que tem consciência de nós quer tenhamos ou não consciência dele. Ele tem consciência de nós não como elementos insignificantes, dispensáveis aos seus desígnios (como um rebanho ou as assim chamadas massas atlantes que podem ser substituídas mecanicamente sem que nunca se sinta falta delas).
Não, ele procura fazer-nos conhecer um senso superior, mais santo, mais puro, uma consciência mais bela, principalmente, porque temos uma identidade nele que não é só é altamente significativa para si, mas é indispensável e cuja falta seria muito sentida - simplesmente porque ele nos ama como seus e como seu próprio Eu indivisível. Nós somos delem completamente, livremente, para sempre.
Do livro: Os Ensinamentos Ocultos de Jesus 2
Mark L. Prophet e Elizabeth C. Prophet.
Summit Lighthouse.
